Lidos e Não Resenhados #10

Olá amores, tudo bom?

Vamos para mais um 'Lidos e Não Resenhados'? Hoje, temos livro que não gostei, que gostei mais ou menos e que gostei muuuuito, mas que por questão de agenda, não conseguiria incluir a resenha completa dele, rs. 

O Jogo da Minha Vida - Livro 3 Rixon Raiders (L.A.Cotton)

"O Jogo da Minha Vida" é o terceiro livro da série Rixon Raiders e eu sempre escolho a autora para me tirar da ressaca literária! A temática deste volume é mais atual, interessante, mas uma coisa não funcionou: Mya e Asher só se envolveram por conta dos amigos. Até acho que Mya tem sentimentos verdadeiros, mas Asher é extremamente carente e viu sim Mya como a última opção, como sua chance de também ter o que os amigos já tinham conquistado. Ao todo, é um livro envolvente e que traz mensagens importantes, só que no todo, foi o que menos gostei. Clichê, fofo e que se estende um pouco mais do que deveria, sinto que a falta de naturalidade no encontro dos personagens foi o que mais me incomodou e por isso, não foi uma leitura tão proveitosa quanto eu esperava. Infelizmente.

Um clichê que prometeu, mas não me entregou. O tal jovem adulto, mas que tem uma narrativa que beira o YA. Não que seja, mas a forma como a autora trabalha a história torna tudo muito superficial. Não consegui ter empatia pelos personagens e achei bem fraco os argumentos que os unem, pelo menos inicialmente, que é quando eu precisava me conectar com a história. Depois, por mais que a relação evoluísse, eu não sentia nada. É, é isso. Foi um livro que não me atingiu e se tornou esquecível...

"Para Sir, com Amor" é o tipo de livro que parece nossa 'comfort serie'. Gracie conversa com a gente (leitor) como se quebrasse a quarta parede e isso nos faz entrar dentro daquelas páginas. É leve, divertido, rápido! Perfeito para sair do estresse do dia a dia ou da ressaca literária. Eu me apaixonei por esse lado mais doce e sonhador que a autora nos propõem. É  uma comédia romântica que eu assistiria mais de uma vez, e por que não voltar e reler de vez em quando? Uma delicinha que merece muito mais destaque na vida de quem busca leveza e sorrisos fáceis.

"O Princípio do Coração" é o terceiro volume da série 'Números do Amor'. Sei que os livros anteriores ganharam resenhas completas aqui no blog e especificamente o último vai ficar sem? Bom, sim, vai ficar sem, porque eu acho realmente que a autora meio que enfraqueceu suas histórias. Pois é, o enredo tem GRANDE potencial, os dois protagonistas são mega interessantes, mas um amor miojo estragou tudo. Queria que Quan se envolvesse aos poucos, se apaixonasse por cada descoberta, cada detalhe da Anna, principalmente com ela tendo um diagnótico de autismo mais tardio, penso que seria mega interessante ver essa evolução de uma maneira mais crescente, não instantânea como foi, sabe? É uma leitura gostosinha, beeem rápida, mas não é o melhor da série. Uma pena que se torne uma obra esquecível com o passar do tempo...

Em agosto de 2022, postei o seguinte comentário/resenha no skoob sobre 'A Coroa de Ossos Dourados':

Sabe quando a pessoa perde o timing de finalizar algo? Não que o livro seja ruim, ele só é uma enrolação até a reta final. Cheio de detalhes e explicações que talvez não precisassem estar aqui, neste momento. Entendo que é um mundo muito bem estruturado criado pela autora, só que deixar tudo tão explícito, cansa o leitor.  Outra coisa, infelizmente, acho que quando o casal já está junto e fica naquela melação, eu me irrito e perco o interesse. Claro, a parte da fantasia também me interessa, mas eu gosto da conquista como pano de fundo, quando já fica aquelas cenas açúcaradas constantemente, não dá pra continuar. É, eu acho que paro a série por aqui. O que é uma pena porque tinha TANTO potencial...

Pois é, mesmo depois de ter escrito isso, a compradora compulsiva de livros que habita em mim, gastou seu suado dinheirinho com "A Guerra das Duas Rainhas". Insira aqui um emoji de palhacinho, por favor. Nem meu recente amor por Seera e Nyktos do spin off "Uma Sombra na Brasa" conseguiu sustentar essa leitura. Algo não flui, sabe? Parece que todo o poder do protagonistas foi jogado fora, a autora querendo lacrar botando um trisal no meio de um relacionamento que não precisava, além do excesso de sex*alid*de em uma fantasia já consolidada. Tipo, se estão construindo os personagens, muitas vezes faz sentido aquela cena existir, mas depois da gente já entender quem são e como agem, não precisa tornar isso algo recorrente na narrativa... Sei lá, parece que precisa ter a enrolação para as obras continuarem os calhamaços que são. E não, não gostei. De novo. 

Meu primeiro contato com Dolly Alderton foi com "Oi, Sumido", mesmo sabendo que o livro anterior (Tudo o que eu sei sobre o amor) tem mais destaque e acho que ao todo, foi uma experiência interessante para entender a proposta da autora. Essa obra em questão é vendida como 'comédia romântica' e com foco no ghosting, o que na minha humilde opinião, não nos foi entregue. Ok, o 'tal mocinho' é um idiota que desaparece, mas ouso dizer que não sorri NENHUMA vez na leitura e isso me preocupa bastante... Basicamente é um reflexão de uma mulher na casa dos 30 que tem a pressão social para ter um relacionamento, para constituir família, para dar apoio aos pais, para ser criativa/produtiva no trabalho... Enfim, é a vida real das mulheres que estão na busca constante para se adequar. Além da pegada forte no drama por conta da doença do pai da protagonista, então só aqui já dá para perceber que o livro é bem mais denso do que a premissa tenta passar. Claro, destaco a narrativa super rápida e inteligente da autora, mas os acontecimentos não sustentam o leitor, criamos a conexão com o tema e com essa 'inadequação' da personagem com o que se espera dela, contudo, as atitudes impulsivas, beirando a imaturidade somadas a uma resolução fraca, deixam MUITO a desejar. Como é o primeiro livro da autora, quero relevar e dar a chance a mais. Vamos ver se vou me arrepender... rs.

Indicação da Silvana do @leiturasdasilcrepaldi mais do que certeira! 'Disque T para Titias' é extremamente visual, o que torna a obra ainda mais engraçada. Sim, uma comédia que eu me apaixonei, tem um toque de romance que deixa tudo ainda melhor! É o livro perfeito para te tirar da ressaca literária, as cenas entre as familiares são maravilhosas, porque, com certeza, você tem uma mãe ou tia pra se identificar com a praticidade e raciocínio que beira ao absurdo, rs. Aliás, raciocínio rápido, hein? Vi algumas resenhas falando que o enredo pode ser confuso e que parece uma novela mexicana... Talvez seja isso que me fez gostar tanto... É uma narrativa acelerada e as decisões são impulsivas, eu super amei isso, devorei cada capítulo com animação. Destaque para o contraste do tema, já que aqui a protagonista m*ta uma pessoa e precisa 'se livrar' do c*rpo. Sério, só lendo para vocês entenderem, se joguem sem medo. É recomendadíssimo para o leitor dar sinceras gargalhadas!

"Erro Perfeito" é o volume 3 da série escrita por Amanda Maia, que foca na história da Chase, o tecladista da The Reckless, com Tess, a filha do empresário da banda. Como fã de carteirinha desses calhamaços, não posso negar que estava com expectativas altíssimas e é claro que a autora entregou tudo e um pouquinho mais. Bom, o Chase não é o meu mocinho favorito, e esse casal também não é o que mais fez meu coração bater, Aidan e Delilah tem esse posto intacto no meu coração, porém "Erro Perfeito" é um livro EXTREMAMENTE bem construído e impactante. Principalmente, em relação ao passado da protagonista feminina, a abordagem dos temas como viol**cia dom*st*ca e ab*s*s psicol*gic*s  foi realista e responsável. A cura não aconteceu de maneira imediata e a presença da terapia no livro, me fez aplaudir o fato de que foi esclarecido o fato de que 'nem tudo o amor pode nos salvar'. Foi uma leitura imersiva, gostosa demaaaaaaaaaais e que deixa um gostinho de saudade. Não vejo a hora de ter Vity e Ashton em mãos. Acho que o próximo volume tem chance de se tornar o meu favorito hein... P.S.: Será que eu fui a única que passou a ter um ranço do Finnick? Não quero nem ver o que me espera no livro dele... Apesar que... SIM, eu quero sim! KKKKK Amanda Maia, se for da tua vontade, tua leitora está pronta para sofrer. 

"O Rascunho do Amor" escrito por Emily Wibberley e Austen Siegemund-Broka foi uma leitura lenta e por vezes, entediante. Não vou negar que acho os protagonistas extremamente imaturos e com mudanças de opinião imediatas, o que (para mim) não sustena a relação. Eles tentam vender uma boa imagem e inteligência, mas tudo se resolveria simplesmente com uma conversa. As motivações tanto para se afastarem quanto para retomarem o contato foram jogadas na história. Gosto do romance ser mais slow burn, descobrir aos poucos o verdadeiro envolvimento de ambos, mas também acho que a preocupação dos personagens em escrever algo arrastado, deveria refletir nos próprios autores. Um livro mais devagar, não precisa ser algo negativo. Precisa apenas que a história tenha pilares mais sólidos e que envolvam o leitor. Este, infelizmente, deixou bastante a desejar com personagens frios e que não me trouxeram empatia.

- Alessandra Salvia